Assim no Osso do Peito
Halber Lopes e Jarbas Nadal
Chapéu meio ladeado, trancão de “enfrenta” repecho
As “vez” um calor danado, noutras frio de “bate quexo,”
Potreiro, canto de cerca, com calma enfrena a gatiada
E num upa alça a perna pra encerrar a cavalhada
Peonada verde de mate, conforme a hora, isso é certo
Cambona longe do fogo, um “perro” sempre por perto
Qualquer cosa é logo ali mesmo sendo uma lonjura
E os campos do patrão, vão até uma certa altura
Indiada sem cerimônia
Comem com o prato na mão
Gente simples, sem floreio
E um baita coração
São homens de compromisso
Depois de dito, tá feito
E vão topando os desafios
Assim no osso do peito
O dia é bem “tocado” e quase sempre a lida aperta
Mas ninguém faz cara feia, isso é coisa mais certa
Trabalham dando risada com confiança e fé em Deus
Do alheio nunca se sabe, cada um cuida dos seus
Estes homens de bom senso, não são de errar o pealo
Vestem uma pilcha com gosto e andam bem a cavalo
Nunca se negam pra nada seja festança ou serviço
E antes de passar adiante costumam pedir “permisso”
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