O Preto Velho e o Tico-Tico
Tião do Carro e Santarém
Um preto velho encostado
No barranco do caminho
Um casal de Tico-Tico
Rodeava o seu ninho
Um filhote era claro
E o outro bem pretinho
O Tico-Tico aos dois
Dava o mesmo carinho
Que bom se os homens tivesse
Coração de passarinho
O casal de Tico-Tico
Pulando lá no terreiro
Fez o preto recordar
Do tempo de cativeiro
Vieram para o Brasil
Em um navio negreiro
Como se fossem animais
Pelos branco interesseiro
Até os seus filhos foram
Trocados pelo dinheiro
Debaixo de chicotadas
Derramava seu suor
Não tinha dia e nem hora
Com chuva, frio ou calor
Passou frio e passou fome
Passou sede e passou dor
E a preta Mãe Maria
Tinha saudade e amor
Quantos filhos ela criou
Que não tinha sua cor
Pai João falou assim
Sentadinho lá no banco
Mãe Maria, eu tenho dó
Nem um animal espanto
O patrão só me bateu
Me deixou atado em mão
Não é igual o passarinho
Que se criou no barranco
Dando amor ao filho negro
Igualzinho ao filho branco
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