Post-crucifixión

Abrázame,
madre del dolor,
nunca estuve tan lejos,
de mi cuerpo.

Abrázame,
que de la vida,
yo ya estoy repuesto.

Abrázame,
madre del dolor,
nunca estuve tan solo,
en este mundo.
Abrazame,
que amanece, y hay resignación.

Y en esta quietud,
que ronda a mi muerte,
no tengo presagios de lo que vendrá.

Abrázame,
madre del dolor,
nunca estuve tan lejos,
de mi cuerpo.

Abrázame,
que de la vida,
yo ya estoy repuesto...

Post-crucifixión

Abraça-me,
mãe de dor,
Eu nunca fui tão longe
do meu corpo.

Abraça-me,
que a vida
Eu já estou substituído.

Abraça-me,
mãe de dor,
Eu nunca estive tão sozinha,
neste mundo.
Abraça-me,
nascer do sol, e não há resignação.

E nesta quietude,
que assombra a minha morte,
Eu não tenho presságios de coisas futuras.

Abraça-me,
mãe de dor,
Eu nunca fui tão longe
do meu corpo.

Abraça-me,
que a vida
Eu já estou de reposição ...

Composição: Luis Alberto Spinetta