Amargurada
Paiozinho e Zé Tapera
Não suportando a sua ausência
Eu a procurei
E ao chegar em um falso ambiente
Eu a encontrei
Pela cortina de uma janela
Eu vi meu amor
Trocando beijos nos braços de outro
Eu chorei de dor
A longa noite calma foi passando
Veio a madrugada
Embriagada debruçou na mesa
E sozinha ficou
Amargurada pela grande mágoa
Tinha em suas mãos
Era o retrato do dia sagrado
Da nossa união
Chamei seu nome, ela conheceu
E veio me abraçar
Quis me beijar mas os seus carinhos
Eu não aceitei
E dos seus olhos vi quando caía
Lágrimas de dor
Por compreender que chegou ao fim
De um grande amor
Dei meu adeus àquela mulher
Que foi minha vida
E do seu dedo tirei a aliança
Que uniu nosso amor
Saiu chorando e nas sombras da noite
Desapareceu
Desiludida, seguindo o caminho
Que o mundo lhe deu
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