Pra se topar uma encrenca, basta andar distraído
Que ela um dia aparece
Não adianta fazer prece
Eu vinha anteontem lá da gafieira
Com a minha nega Cecília
Quando gritaram: Olha o Padilha!

Antes que eu me desguiasse
Um tira forte aborrecido me abotoou
E disse: Tu és o Nonô, hein?
Mas eu me chamo Francisco
Trabalho como mouro, sou estivador
Posso provar ao senhor

Nisso um moço de óculos ray ban
Me deu um pescoção
Bati com a cara no chão
E foi dizendo: Eu só queria saber
Quem disse que és trabalhador
Tu és salafra e achacador

Essa macaca a teu lado é uma mina
Mais forte que o Banco do Brasil
Eu manjo ao longe esse tiziu
E jogou uma melancia pela minha calça adentro
Que engasgou no funil
Eu bambeei, ele sorriu

Apanhou uma tesoura
E o resultado dessa operação
É que a calça virou calção
Na chefatura, um barbeiro sorridente
Estava a minha espera
Ele ordenou: Raspe o cabelo desta fera!

Não está direito, seu Padilha
Me deixar com o coco raspado
Eu já apanhei um resfriado
Isso não é brincadeira
Pois o meu apelido era Chico Cabeleira

Não volto mais a gafieira!

Nisso um moço de óculos ray ban
Me deu um pescoção
Bati com a cara no chão
E foi dizendo: Eu só queria saber
Quem disse que és trabalhador
Tu és salafra e achacador

Essa macaca a teu lado é uma mina
Mais forte que o Banco do Brasil
Eu manjo ao longe esse tiziu
E jogou uma melancia pela minha calça adentro
Que engasgou no funil
Eu bambeei, ele sorriu

Apanhou uma tesoura
E o resultado dessa operação
É que a calça virou calção
Na chefatura, um barbeiro sorridente
Estava a minha espera
Ele ordenou: Raspe o cabelo desta fera!

Não está direito, seu Padilha
Me deixar com o coco raspado
Eu já apanhei um resfriado
Isso não é brincadeira
Pois o meu apelido era Chico Cabeleira

Não volto mais a gafieira
Eu, hein!
Se eu não me desguio a tempo
Ele me raspa até as axilas
O homi é de morte!

Composição: Bruno Gomes / Ferreira Gomes / Moreira da Silva