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Invasão Bélica

Mão Morta

Estranho
Não era disto que estávamos a espera
Desta invasão bélica que nos apanhou desprevenidos, e indefesos
Na aflição de sermos salvos
Nem concebemos a possibilidade
De uma civilização extraterrestre hostil

Agora
Agora resta-me sair do bunker e render-me
Ser feito prisioneiro
Ou isso
Ou esperar pela subida das águas
Cada vez mais densas e peganhentas

Quero sair
Mas algo me impede
Sinto outra vez a meu lado a presença do ser invisivel
O seu respirar
E um frio profundo a gelar-me o corpo
É umas espécie de matéria escura
Que se não ilumina e que puxa por mim
A impedir-me os movimentos
Quero sair, mas não consigo

Através da parede envidraçada do bunker
Acompanho o deambular dos seres extraterrestre
Insetos gigantes de enorme e medonha cabeça
Estão a recolher e a alinhar toda a gente
Que querem de nós?
E caminham as pessoas pela encosta
Filas de autómatos desengouçados nos seus fatos
Em direção às nevoas tóxicas do cume
Não tarda virão aqui
De repente
Como se o ser invisível ao meu lado me iluminasse o cérebro
Sei o que querem de nós!
Vêm pelo orgon!
Os bunkers funcionam como enormes
Acumuladores de orgon e é essa energia sexual acumulada
Que os extraterrestes vem buscar
Mas como a irão extrair das pessoas?
Sinto o corpo cada vez mais gelado
Já sem forças

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