Gaivotas
Antônio Marcos
Eu quando saio pelo mar afora
Faço de conta que já vou embora
Mas apenas fico nas mentiras
Que matam por momentos desventuras!
Tantas gaivotas rodeando o barco
Como crianças rodeando adultos
Gaivotas e crianças se misturam
E fazem do meu barco a minha calma
Meu corpo balança sobre as águas
E o olhar se afoga no meu pranto
É que eu bem distante lá da terra
Não compreendo gente que maltrata e erra
Minhas mágoas, tantas frustrações
Eu vou deixar neste mar, quando anoitecer
E lá em casa ninguém vai saber
Quando eu chegar, vou sorrir e adormecer
Quando eu paro o barco em águas mansas
Olho de repente pras alturas
E percebo em meio a nuvens brancas
Uma gaivota calma e solitária
Ela deve estar olhando o mundo
E tomando conta das pessoas
Esta gaivota é importante
É pena que ela fique tão distante
Eu perdido em tantos pensamentos
Me pergunto as vezes se ela sabe
Que o amor se perde por dinheiro
E o homem se destrói no mundo inteiro
Mas lá em casa
Ninguém vai saber
Quando eu chegar
Vou sorrir e adormecer!!
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